Rede de Formação

Jovens protagonizam revolução digital na Amazônia

Jovens das águas, das florestas e dos campos amazônicos – ribeirinhos, extrativistas, seringueiros, indígenas, quilombolas, assentados da reforma agrária, pescadores, agricultores familiares, moradores de periferia dos centros urbanos que afirmam sua identidade reproduzindo historicamente seu modo de vida, de produzir e existir sociocultural e ambientalmente (Jacqueline Cunha da Serra Freire).

O Polo Regional Norte conduz na Amazônia o Programa Nacional de Apoio à Inclusão Digital nas Comunidades - Rede Nacional de Formação para Inclusão Digital, Telecentros.BR. A unidade executora deste Polo é a Universidade Federal do Pará que, junto com outras iniciativas de governos, instituições, entidades e grupos informais, assume o desafio de promover a inclusão digital no extenso espaço geográfico da região, respeitando as suas peculiaridades e sua cultura.
Assim sendo, cerca de 2 mil jovens entre 16 e 29 anos vão se tornar monitores e gestores do Programa Telecentros.BR na Amazônia. São eles que vão definir a identidade pedagógica do Polo Regional Norte. A partir do reconhecimento das peculiaridades locais das suas próprias vivências e experiências, estes meninos e meninas serão protagonistas da inclusão digital na Amazônia. Mais que um desafio, o alcance desta meta representa uma revolução no coração da floresta.
 A estrutura de formação destes jovens monitores dos telecentros conta com mobilizadores e educadores sociais, especialistas, coordenadores e supervisores de tutoria vinculada a universidades públicas (professores e pós-graduandos), a órgãos estaduais de ciência e tecnologia do Estado do Pará, e a programas e políticas públicos como o Navegapará, que transforma fibra óptica em serviços públicos disponível no sistema de transmissão de energia da Eletronorte, com sinais de rádio, para chegar ao usuário final (escolas, infocentros, unidades de saúde e segurança pública, entre outros).
 Diante das dimensões territoriais extraordinárias da região, das peculiaridades geográficas, ambientais e socioculturais, a formação desses jovens agentes de inclusão de digital não poderia ser realizada sem a articulação com entidades e iniciativas que também atuam na promoção da inclusão do indivíduo para o desenvolvimento regional. Dentre as instituições participantes, estão a PRODEPA (Empresa de Processamento de Dados do Estado do Pará), que atua em conjunto com a SEDECT (Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia do Pará) na formação de recursos humanos, manutenção de infra-estrutura tecnológica e gestão do Programa NAVEGAPARÁ, sobre as quais estão implantados Infocentros/Telecentros e conectadas todas IES, integrantes do consórcio de instituições que compõem o Polo Regional Norte. Também fazem parte desse consórcio a UFRA (Universidade Federal Rural da Amazônia) e a UEPA (Universidade do Estado do Pará), instituições que atuam em diversos municípios do Estado e possuem características multicampi.
 As ações de formação da equipe do Polo Regional Norte são acompanhadas pelo Comitê de Formação Regional, que é constituído por representantes do Polo e pelos representantes das iniciativas participantes do Programa Telecentros.BR e das iniciativas de órgãos federais de âmbito regional. Fazem parte desse Comitê e colaboram com as ações de formação representantes das seguintes iniciativas: CENSIPAM, Ministério da Justiça, Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Integração Nacional, Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia do Estado do Pará, Universidade do Estado do Amazonas, Governo do Estado do Acre, Banco do Brasil e Fundação Banco do Brasil, SERPRO, Ministério da Pesca e Casa de Cultura Tainã (Rede Mocambos).